impressão digital s/ tecido 1,10 x 0,80 m.
integra o 6° Simpósio de Arte Contemporânea: Fotografia Analógica e Digital
De Fora Para Dentro será a próxima exposição no Jabutipê. A abertura está marcada para o próximo sábado, dia 28, das 19 às 22 horas. Kelly Wendt transporta para o espaço expositivo do Jabutipê através de uma sequência de fotografias e vídeo a fachada de um prédio que ocupa uma quadra, às margens do canal São Gonçalo, porto de Pelotas. O lugar ponto de partida e fonte da idéia é um prédio abandonado, jogado ao destino, ficando suas paredes com algumas portas e janelas cerradas. Redentor é o seu nome e assim está escrito em sua fachada. Uma visão melancólica do passado – um dia próspero e hoje remoto.
Como diz Ana Zavadil, crítica de arte e curadora indepedente, "O seu processo criativo pretende abrir lacunas para novos olhares em relação ao abandono e produzir espaços de contágio que possam espalhar ecos sobre a sua ação de dar visibilidade às casas, resgatando a própria memória da cidade".Leia o texto de Ana Zavadil na íntegra nos sites http://www.jabutipe.com.br e http://www.deolhoscerrados.blogspot.com
De fora para dentro
Kelly Wendt
Abertura 28 de agosto sábado das 19h às 22h
Visitação de 28/8 a 18/9/2010 de terças a sábados das 15h às 19h
Jabutipê – Rua Cel. Fernando Machado, 195 Porto Alegre / RS
Informações pelo telefone (51) 9196-4860
Ou pelo e-mail antonioaugustobueno@yahoo.com.br
Kelly Wendt
Paulo Gomes*
Flâneries
Kelly Wendt é uma flâneuse, deambulando pela cidade, do presente para o passado, cultuando as suas ruínas e fascinada pela antiguidade que vai fabricando, reação de preservação a ação da destruição, conforme Cristina Freire (1997). Sua relação íntima com a sua cidade de adoção – Pelotas/Satolep – ecoa nas imagens visionárias do passado – que ela preserva/expondo em vitrines – e ainda nos textos que a (d)escrevem. Uma cidade palíndromo que não existe senão na memória das suas ruínas.
Ruínas
Cidade de casas aleijadas, cegas e mudas, corpos agora desfigurados. Guardiões silenciosos de algo que já não existe senão naquela vaga lembrança que ficou impressa nas (des)construções. Ação tão romântica essa de pintar ruínas, a sensibilidade "pelo viés da melancolia"! (Coli, 2004).
Ateliê
A cidade é o seu ateliê, seu lugar de ação e lugar de reflexão no qual sua câmarafone atua como objeto de registro e de memória. Para além da ferramenta de trabalho, seus desdobramentos avançam em imagens multiplicadas em postais e em adesivos, registros temporários de uma ação infinita, pois que é de caráter mais filosófico do que físico. Sua poiética é resultado da sua flânerie, que associada aos recursos da publicidade, possibilita um fazer artístico marcado pela mestiçagem de meios e pela mirada precisa nos objetivos.
Poética
A arte da fantasmagoria, da construção a partir da imaterialidade das coisas por meio da materialidade do desejo, conforme Agambem (2007). A poética em questão é a da reconstrução da imagem perdida, da identidade apagada, da memória obscurecida. Reconstrução da aura destruída do objeto através da criação da aura amplificada nas imagens múltiplas. Circulação de imagens. O espaço e a transitoriedade expandidos nesse imenso ateliê que é a cidade.
Referências
AGAMBEN, Giorgio. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.
COLI, Jorge. Ponto de Fuga. SP: Perspectiva, 2004, p. 30.
FREIRE, Cristina. Além dos mapas: os monumentos no imaginário urbano contemporâneo. SP: SESC/Annablume, 1997, p. 57
* Artista plástico e professor no DAV-UFSM.
A
Edson Luiz André de Souza
A
O
Em
Na
Kelly conjuga
A artista destaca construções com a escolha de alguns lugares, promovendo uma ação que consiste em produzir cartões postais e remetê-los aos moradores próximos e a lugares de grande circulação. Depois da ação, Kelly atinge o seu propósito na reação com o possível reconhecimento das imagens e do abandono das casas, tornando-as visíveis e estabelecendo diálogos para o resgate e conservação da memória.
O seu trabalho realizado
O
As
Ana Méri Zavadil /Curadora
Mestranda em Artes Visuais UFSM/ Bolsista Capes
A vida na frente do computador ficou mais simples: Chegou Windows 7! Clique e Conheça